Rio Grande do Norte registra mais de 160 focos de queimadas em 2023

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De janeiro a setembro de 2023, foram registrados 163 focos de queimadas no Rio Grande do Norte, segundo o Programa Queimadas, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE). Em setembro, houve aumento do número de focos, 65 no total, sendo mais afetados os municípios da 2ª, 6ª e 8ª regiões de saúde. Os municípios com maior quantidade de focos foram Serra do Mel (12), Areia Branca (11), Porto do Mangue (10) e Venha Ver (6).

No RN, o período de outubro a janeiro é caracterizado por maior frequência de focos de queimadas e incêndios, além de situações de baixa umidade relativa do ar e de precipitação. Esse cenário aumenta a poluição atmosférica, trazendo diversos riscos à saúde.

“As queimadas depositam na atmosfera uma série de poluentes, que causam ou aumentam a gravidade de doenças e agravos, principalmente respiratórios e cardiovasculares. Além disso, esses poluentes estão relacionados a efeitos em outros sistemas, como endócrino e reprodutor. Esses efeitos variam em termos de gravidade, podendo ser sutis ou mesmo levar à mortalidade prematura”, explicou Beatriz Cavalcante, responsável técnica pela Vigilância em Saúde de Populações Expostas a Poluentes Atmosféricos (VIGIAR), da Subcoordenadoria de Vigilância Ambiental (Suvam) da Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap).

Por isso, a Sesap, por meio da Suvam, atua de forma intra e intersetorial, para reduzir a exposição da população a fatores ambientais de risco e minimizar os consequentes efeitos à saúde. Durante o período de queimadas no RN, como fez no ano passado, a Suvam passará a elaborar um boletim mensal, com base no monitoramento das áreas, com o objetivo de apoiar a atuação dos Núcleos Regionais de Vigilância em Saúde do RN (NUREVS) e dos municípios em situações de queimadas.

Cuidados de prevenção

“Manter boas condições da qualidade do ar que respiramos é fundamental para melhorarmos nossa qualidade de vida. Cuidar do nosso ar é também cuidar da gente”, destacou a subcoordenadora de Vigilância Ambiental da Sesap, Aline Paiva.

Dessa forma, a Sesap orienta a população para intensificar alguns cuidados: beber bastante líquido, para manter as vias respiratórias úmidas e protegidas, evitar atividades que emitem poluentes atmosféricos no ar doméstico, como fumar e usar fogão à lenha, em casos de exposição intensa à fumaça, fazer o uso de máscaras apropriadas, evitar trabalho pesado, atividades e exercícios ao ar livre, quando a qualidade do ar estiver prejudicada pela fumaça, não queimar lixo, não jogar resíduos, como vidros e plásticos, em margens de rodovias e áreas de vegetação, pois potencializam a incidência solar e o calor no solo e podem provocar incêndios, não jogar cigarros ou fósforos acesos em áreas de vegetação, não acender fogueiras, não soltar balões ou fogos de artifícios e não transportar ou manusear líquidos inflamáveis.

É importante também manter em fácil acesso os telefones de emergência dos órgãos locais de resgate, atendimento médico e combate às queimadas, como Corpo de Bombeiros – 193, e Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU/RN) – 192.

Jornal De Fato