Produtor de Lagoa Nova mantém cajueiro gigante sem agrotóxicos e destaca sustentabilidade na cajultura

Na manhã de sexta-feira, 1° de novembro, tive o privilégio de visitar a propriedade de José Luiz, produtor rural de Lagoa Nova, localizada no Sítio Ceará. Conhecida como Rancho Bom Pastor, a propriedade abrange 50 hectares dedicados a diversas atividades agrícolas, incluindo o cultivo do caju, a produção de linho e a apicultura.

Cajueiro gigante em plena produção 

Durante a visita, José Luiz nos apresentou seu pomar de cajueiro anão precoce, onde compartilhou detalhes sobre o manejo cuidadoso que a cultura exige. Atualmente, a produção do caju depende de técnicas de combate a pragas, que afetam a qualidade e a quantidade do fruto. No entanto, ele também preserva na propriedade um remanescente do cajueiro gigante, uma variedade tradicional que foi predominante no passado. Com o tempo, os cajueiros gigantes foram substituídos pelo cajueiro anão precoce, mais resistente a pragas e com uma produtividade superior.

José Luiz afirma que esta variedade precisa ser estudada pela EMBRAPA

Curiosamente, o cajueiro gigante que José Luiz preserva continua a produzir de forma vigorosa, sem a necessidade de qualquer aplicação de agrotóxicos. Esse aspecto chamou a atenção da EMBRAPA – Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, que estuda a resistência e as características dessa variedade. José Luiz acredita que o manejo orgânico e as condições naturais do solo ajudam a preservar a saúde da planta e, ao mesmo tempo, contribuem para um fruto de alta qualidade.

Cajueiro anão precoce 

Rancho Bom Pastor é um exemplo de inovação e tradição no campo, onde a agricultura se alia à sustentabilidade e ao respeito pela terra, perpetuando o legado agrícola de Lagoa Nova.